17 de fevereiro de 2022

PUNCTUM

Observam que tiro muitas fotos  numa sofreguidão em sequência de quem quer captar todas as fases da partida de algo que se vai afastando, impedindo esse intento em vão



Exortam-me para que deixe a máquina de lado, embote a lente da imaginação, e viva o momento


Replico-lhes que não quero apenas vivê-lo nem revivê-lo, antes procuro a sua reinvenção. E disparo: uma e outra vez. Tentativa e erro, até que a mancha gráfica da luz se imprima na página da consciência

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