Outrora divertia-me ao crepúsculo chuvoso
A cruzar com um primo o fogo alado de pedras sombrias
Cheias de musgo e lama que apanhávamos
Nas nossas passeatas de final de dia pelas veredas das
visitas esporádicas à aldeia natal do meu pai e do meu tio
Até que levámos tão longe a brincadeira que nos perdemos
Num entusiasmo que depressa passou à euforia de uma cabeça partida
Com o vermelho em paralelos ténues fios
Manchando um sorriso que ignorava
Dos disparates e desaires da vida
As últimas consequências e limites
Mas de cada fio que se precipitava
sobre nossa doida hiante alegria
a chuva sem trégua insistia
em devolver os dentes limpos
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