17 de abril de 2015

ARTE PÁRVULA



Eu sinto necessidade
da necedade: o primeiro
homem no início do fio das eras,
à porta do labirinto dos sons soletrados,
era estúpido, grunhidor,
inerme, nu entre os espantos,
outro nome quando os não havia,
para vida e mundo,
linguagem em estado amniótico-
mãos vazias, inocente toda imagem
na fóvea receptiva.

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