29 de outubro de 2013

Pensão Amor



É esmerilhar no contentor do passado 
Entre os restos de restaurante chinês da selecção e as
Mãos míseras da evocação aproximações sucessivas 
De língua ao inalcançável nutriente estreme 
chop suey fresquinho

Ter mundo e dá-lo à vida
( isso não podem os trinta-e-cinco,
apesar de duas ou três coisas que poderíamos trocar sobre
e um filho)

Não se atrever impado de peito e ombros a pino,
a confabular com decanas mestrias :Ouvi-las

Pôr através de Ubuntu, Wo Es war, soll Ich werden, como Sigmund,
-antes da paupérrima tradução que é este Ocidente
projectado fracasso europeu-,
deixou escrito

Compartilhar un disque dure mis a nu, com o disclaimer:
Estou tão ao léu como les maudits

Escolher entre o oxigénio e
a nicotina

O que mata com mais doce vagar,
Entrementes, retemperando o fôlego do sopro
Por vir a viver mais

Dar de cara aleatoriamente com a coisa pristina
Que nos identifica e redime e não raro mortifica

Adestrar a morte, estirar um eco da palavra generativa
Ao máximo impossível

Cagar sempre para a sibila, a pitonisa
Como quem ignora os aluimentos sirénicos
de já vi esse filme
e acaba sempre noir

Não preterir a rotina, a dura labuta, o lumaréu extático do triz peregrino,
à fomeca de recensão crítica pela gloríola da litera

Estender esses ansiolíticos a sem-abrigo mais desvalido,
Parvenu mais pressuroso, puta mais triste

Sair por aí depondo neocórtex em ursa maior cassiopeia ursa menor,
Palmas deus dará vaivém frenesi pelo
passeio pós-chuvoso luzidio, bolsos raquíticos,
tilintando risonhos para os amigos da imperial e matraquilhos,
não da bica e do parlapié sevandija das homilias de cigarro riste

Retrucando amável aos violadores interpelantes “ Porque não te vendes?”
Gosto de me doar : chansons d´amour genet, falanges tai,
Beijinho sem sacrifício de brio inclusos sem extra de factura
finais felizes

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