6 de fevereiro de 2025

Vago Lume

De um ponto extremo a outro, no fulcro cardíaco da linha, fixa, mas fluida, relumbrando igual a si própria, coesa e incognoscível, a pérola estreme e perene da vida, desconhecedora de limites, viajante de confins, rugindo alheia e avessa como os bichos, à dúbia persuasão dos homens, à verdade da deusa da justiça, canto distante e estrangeiro, primevo, só espírito, sem língua, filho de horizontes largos e limpos, indómito da nossa mão de ventos desavindos da rosa desavinda, sonho febril em que lonjura e loucura não são só uma pobre rima

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