Deponho o meu nesta pequena pilha de silêncios
erguida em costa fria de um glacial branco sem tempo
acoitada de presenças pela fúria das marés e o uivo
dos ventos
Como outros viandantes assinalei na página a minha escusada passagem,
sem clarificar de onde vim, para onde vou,
que sonho persigo, a que voz respondo,
que sombra de liberdade teima em puxar-me pelas correntes
do corpo
Ficando o tempo de desejo suficiente
de não ficar, partindo de novo
Com as nuvens
pressurosos rumo a nenhures
Sem comentários:
Enviar um comentário