sei que o que digo através do prisma
da palavra não são cores minhas,
que o espectro de estados que o verso evoca, invoca,
convoca e verte tem arqueológica autoria,
da palavra não são cores minhas,
que o espectro de estados que o verso evoca, invoca,
convoca e verte tem arqueológica autoria,
poesia é, pois, claridade ilegítima, mas quero em Schönberg crer
quando escreveu no seu Tratado de Harmonia, que,
para se libertar de formas pré-estabelecidas,
quando escreveu no seu Tratado de Harmonia, que,
para se libertar de formas pré-estabelecidas,
expandir a escala ao infinito,
há que dissonar a lira, aguardando
que os outros apurem os sentidos
há que dissonar a lira, aguardando
que os outros apurem os sentidos
para as melodias e inflexões tímbricas, como a propósito escreveu
Kandinsky: compor como quem pinta.
Kandinsky: compor como quem pinta.
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