28 de setembro de 2012

Setembro

Com vagar, esfumam-se as cores do Verão,
como sonho ou nevoeiro

porém, ainda os olhos brilham ( chupam e cospem de luz)
como se tivessem saltado do topo elevadíssimo
dum ai-ai tenho vertigens emocionais, em chamas, sobreviventes

tão eternos e elementares,
como a combustão que lhes indicou
a emergência da saída

A vontade humana, residente resiliente,
chegará sob o disfarce do nome Outono

cada estação desfolhando máscara 

enfim enaltecendo 
o rosto primeiro e supremo
do que faz um homem querer sempre
e ainda 

as chamas que o empurram
para a liberdade da queda




Sem comentários: