ignorando palavras amigas
( é o costume!)
fixei nos dois rapazolas
com ar de não mais de 12
vindo na minha direcção
( o maior pedalando, o menor
sentado à frente, no guiador)
: a luz natural pincelando um
verão de dourados metalizados sobre os seus corpos, dentes e
gritos animados, uma metáfora de uma aparição
(ou uma esotérica sequência de mais um filme
do terrence malick)
quando dei por mim, como um acontecimento
que determina novo rumo sem retorno,
já tinham passado, levando-me os olhos, a carteira
e a fé num mundo melhor
a beleza, quando vem, nem sempre chega
com as melhores intenções,
as mais das vezes apenas se trata
de uma ilusão de óptica
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